quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu já vi isso antes...! Originalidade no RPG!

A medida que o tempo passa, eu tenho a impressão que as aventuras de RPG vem se repetindo... Existem fatores e fatos que parecem estar presente em todos os grupos, em todos os mundos.

Já me cansei de ver os personagens que buscam vingança pois mataram o pai, mãe, esposa, familiar, amigo, ou seja lá o que for. A busca por artefatos místicos e poderosos que mudariam o destino do mundo se tornou tão comum que longas jornadas para jogar anéis na lava escaldante se tornaram... pacatas. Em aventuras de suspense, as pessoas já sabem que o assassino é aquele garoto que ninguém suspeitaria, exatamente por ser quem ninguém suspeitaria!


- ' Para vingar a morte de meu mestre, eu preciso do
poder de uma espada mágic...
'
- ' Aham, tô sabendo... '


Infelizmente, nos dias de hoje, parece que a originalidade foi morta. Holywood a matou... Junto com a TV a cabo, a internet, uma série de editoras e uma mídia altamente desenvolvida com meios de comunicação cada vez mais rápidos. Narradores experientes que passaram anos mestrando já têm dificuldade para conseguir uma história realmente original. Com todo fluxo de informações da atualidade, pode se dizer que é quase impossível bolar uma aventura, NPC, ou personagem realmente original.

Isso às vezes se torna um problema grave. Entramos em várias aventuras, esperando jornadas épicas, e quando nos damos conta... Parece que já vimos aquilo em algum lugar. Às vezes chega a ser irritante quando um personagem usa os clichês mais clichês, tais como o mago negro, o guerreiro de espada e armadura brilhante, o bárbaro e todos os outros. É uma incrível falta de originalidade.


- ' Vem ver a originalidade na lâmina da minha espada
atravessando a sua cabeça!
'

Mas como já foi mencionado, em um mundo como o nosso, a originalidade está morta... Ou em risco de extinção. Então, como bolar algo SEU, se alguém provavelmente já o bolou? Me fiz esta pergunta em meio ao planejamento de uma aventura. Cheguei a uma conclusão simples, descrita aqui nesta matéria. Como manter a originalidade em um mundo onde tudo foi inventado? Simples, incrementando o que já existe, modificando o que está voando por aí pela rede de informações, misturando os temperos de vários gêneros para criar um novo.

Não é fácil de entender com uma frase de 27 palavras repleta de metáforas, então aqui vai um exemplo. Se eu ganhasse uma moeda para cada personagem que tem um inimigo pois este matou alguém da família, eu me aposentaria com 18 anos. Usemos o guerreiro que perdeu o pai.

Nossa! Que original!”, é o que eu respondo normalmente... Mas... E se déssemos uma incrementada...? Ao invés do “Pai ter sido assassinado, pois não pagou tributo ao rei, agora seu inimigo”, que tal: “O pai do espadachim Zed foi brutalmente assassinado quando nosso herói tinha apenas 14 anos. Foram encontradas 3 adagas encravadas em 3 pontos aleatórios do corpo, a mão, a nuca e o ombro. Zed desde então começou a viver uma vida dura, graças a falta de recursos ocasionada pela morte de seu pai... Com muito esforço ele conseguiu ingressar na Academia de Espada Real de Vossa Majestade... Lá iniciou seu treinamento de espadachim. Na época em que deveria escolher seu estilo de luta, escolheu uma técnica bem exótica, na qual apenas uma pessoa havia atingido a maestria, por um acaso o instrutor de Zed. Em seu teste final, descobre que este estilo possui uma técnica útil e veloz, com 3 adagas, que após um movimento rápido, atingem mão para causar dor e desarmar, ombro para causar mais dor e deixar a vitima ainda mais frágil, e finalmente na nuca para terminar o serviço... Mas o mestre de Zed era o único que conhecia todas estas técnicas... Então... Como? E... Por quê?”.

É lógico que a historia não ficou totalmente autêntica, reforço que praticamente tudo já foi inventado... Mas, perceberam alguma diferença? O clichê de “Meu pai morreu e vou vingá-lo” não mudou um pouco? Até podendo proporcionar novos arcos na aventura proposta pelo mestre?


- ' Além de ser uma arqueira incrível, eu também sei fazer
uma torta de frango deliciosa... '
- ' Err... Não era esse tipo de originalidade que
estamos falando...
'


O verdadeiro segredo para criar algo seu é detalhar este algo... Quanto mais detalhado, menos chances de alguém ter feito algo idêntico. E por que não tentar outras coisas? Quer uma aventura diferente, então por que não pega uma trama Sci-Fi e tenta adaptá-la a uma aventura medieval? A trama poderia ser a mesma! Mas esta não seria a sensação dos jogadores...

O mundo já nos dá informações suficientes para criarmos as melhores campanhas a aventuras já vistas. É só sabermos aproveitá-las e modificá-las, que nos tornaremos mestres e jogadores exímios.

Ta ae, espero ter ajudado, até, e um abrass!

4 comentários:

Fernando del Angeles disse...

Não é que a originalidade tenha morrida... é que tudo já foi feito, entao quando tem algo minimamente parecido n´so já falanmos que é copia (como avatar que é copia de pocahontas). o negocio é misturar um monte de cclichê para que se pareça com algo novo...

Thobias disse...

A originalidade está presente ainda nos dias de hoje, e sempre estará. O problema é que, 98% do que você pensa para sua campanha, ou personagem, já foi, ou está em uso. É é ai que a originalidade se perde, mas ao mesmo tempo ressurge.
É um assunto complicado, porém bacana.

Mestre Bio disse...

Fala Neco, parabéns pelos posts.

Valeu a intenção, mas ficou bem confuso o pensamento, primeiro começa criticando a falta de originalidade, depois dá um exemplo que deveria ser original, mas não é e então se explica dizendo que é difícil ser original pois quase tudo já foi criado, termina dizendo que basta mudar misturar aventuras de outros cenários em outro nada a ver que está resolvido, o que não seria nem uma gota original, então... Acho que a idéia foi boa, mas faltou coerência de idéias ao expor.

Mas continue postando, é sempre um prazer ler novas contribuições para RPGistas que buscam se aprimorar constantemente.

Neco disse...

Vlw mestre Bio, mas o texto quem escreveu foi o Thobias hehehe

Abraço!
o/

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