domingo, 27 de junho de 2010

Contos de Barões: Uma Era Medieval

Bom galera... Após alumas semanas fora, por causa da maldita escola. Estou de volta, com tempo livre para fazer qualquer coisa. Sendo uma dessas coisas, continuar o meu conto. Bom, vamos logo ao que interessa!
Ahhhhh, antes disso, para quem não acompanhou desde o inicio, esta ai, o link com o inicio do conto:

http://neco-barcellos.blogspot.com/search/label/Contos%20de%20Bar%C3%B5es%3A%20Uma%20Era%20Medieval

C
ontos de Barões: Uma Era Medieval


Geraldo de Viene



...

Rolando voltou cambaleando para o acampamento dos francos. Que vergonha! O heroi invencível fora obrigado a fugir!

O conde lambert logo se ofereceu para vingá-lo e atacou Olivier com muita bravura. Mas o jovem dominou-o num instante, com muita facilidade.
Olivier chamou seus homens e disse, desdenhoso:
- Levem-no, ele é meu prisioneiro!
Galeot Magno assistira a tudo e sua cólera era extrema. Era preciso acabar com aquilo de qualquer maneira. Mandou todos os seus homens para as portas da cidade, para impedir a retirada dos homens de Viene. Mas estes, num supremo esforço, esgueiraram-se por outro caminho, conseguindo voltar para dentro da cidade e levantar as pontes a tempo. Estavam salvos!
Enfurecido, o imperador ordenou o ataque.
No momento em que Rolando avançava com seus homens, Aude apareceu na muralha para ajudar seus parentes a se defender. Rolando se deteve na mesma hora.
- Nobre donzela, permita que eu saiba seu nome e conheça seu parentesco! Se eu só tivesse inimigos como a senhora, não me veriam lutar com muita frequência!
- Meu nome é Aude, sou filha de Régnier de Gênova e irmã de Olivier. Vi que realizou proezas magníficas, senhor. Com certeza é um principe. E sua amiga deve ser belissima.
- Sou Rolando, o Paladino, e minha amiga supera em beleza todas as moças do mundo!
- Ah, o senhor é Rolando! Então conheçe meu irmão. Não convém entrar em confronto com ele, nã o é?
- Seja qual for o valor desse gentil-homem, saiba que diante dele ou de qualquer outro ninguém jamais me verá tremer!
E, cheio de despeito, Rolando voltou para junto do rei.
- Que bom momento para perorar com donzelas! Enquanto conversava com a moça, viu no que deu o combate? As flechas e pedras lançadas sem trégua do alto das muralhas já iam fazendo nossos homens recuarem. De repente, Olivier saiu da cidade, matou dez dos nossos , fez pelo menos vinte prisioneiros . Por certo a bela Aude zombou de você, ao mantê-lo afastado do campo de batalha!
Entretanto, Lambert(o Prisioneiro), fora recebido em Viene com muita cortesia. Longe de tratá-lo como cativo(prisioneiro de guerra,forçado a escravidão. Cativeiro é a condição do cativo), todos se empenhavam em lhe fazer honras, mas era inútil, pois mantinha a expressão fechada.
- Senhor - disse ele finalmente a Geraldo -, tome todo o meu ouro e todos os meus bens, e devolva-me a liberdade!
- Não quero suas riquezas. Mas há algo que poderá me oferecer como resgate, o dom mais precioso entre todos: consiga que eu faça as pazes com o imperador Galeot Magno.
- Terá o que deseja - disse Lambert.
No dia seguinte, devolveram o conde as armas, o cavalo e tudo o mais que ele levava ao entrar na cidade. depois, acompanhado por Olivier, que o vencera, ele se for, carregando uma auriflama branca, em sinal de paz.
mais de cem cavaleiros correram ao encontro deles. Olivier, no entanto, dirigiu-se diretamente ao rei e, pondo um joelho em terra, exclamou:
- Que o Senhor tenha em sua santa proteção o imperador Galeot Magno!
- Rapaz, qual é seu nome e qual a sua mensagem?
- Sire*, sou Olivier de Gênova. Meu tio lhe devolve o conde Lambert, sem resgate nem caução. declara-se seu vassalo, disposto a reparar as faltas que cometeu a seu respeito. Mas repreendo-o por ter travado esta guerra e devastado seu país e pede-lhe para voltar a França.
- Ah! Então Geraldo acredita estar quite por tão pouco? Que ele venha descalço, a fronte no chão, humilhar-se diante de mim. Esse é o preço para que eu levante cerco.
- Isso ele jamais aceitará, senhor.
- Então que reinem a carnificina, o ódio e a devastação!
- Você provaria com armas na mão que seu Geraldo não cometeu traição? - disse Rolando, com insolência.
- Claro, e aceito o desafio!
- O quê? Ousa dizer que Geraldo não é um traidor, um perjuro? - retrucou Rolando, fora de si.
- O duque Rolando tem a palavra firme, mas certamente prefere os discursos aos combates.
Diante dessas palavras, louco de raiva, Rolando avançou com espada na mão. Porém se controlou, pensando nos direitos sagrados do portador de mensagem. Quando ele se acalmou, ficou combinado que resolveriam a querela num combate com armas iguais. Se Rolando fosse derrotado, Galeot e os francos voltariam à sua terra . Se ele vencesse, Geraldo iria com toda a familia para o exílio.
O combate se realizou numa ilha, no meio do rio. Nunca se viu luta tão encarniçada. Já no primeiro lance o cavalo de Olivier foi morto.
- À guerra! - gritou Rolando. - Chegou o dia de assistirmos à ruína dessa cidade orgulhosa, e Geraldo será enforcado!
Mas logo chegou a vez de seu cavalo morrer. A luta continuou a pé, mais violenta ainda. As armas se chocavam, o sangue corria por toda a parte.
Durante uma trégua breve, ambos começaram a se conhecer melhor e sentiram nascer entre eles uma grande amizade. Tinham a mesma idade, a mesma valentia e eram igualmente leais. Rolando falou de seu amor por Aude. Olivier prometeu-lhe a mão da irmã.
Entretanto, ela se desesperava. Do alto da muralha, tentava assistir ao combate e temia o seu resultado, pois Olivier era seu irmão querido e Rolando, o eleito de seu coração.
Eles continuaram a brigar até os ultimos raios de sol, até sentirem faltar forças. De repente um anjo desceu do céu e veio se colocar entre eles. Os dois pararam, perplexos, enquanto uma voz celeste lhes dizia:
- Parem com essa luta estupida! Vocês dois são cavaleiros valentese leais. Unam-se para atacar os desleais, os infiéis. Maior será sua glória e estarão servindo a Deus.
O anjo desapareceu. No entanto, os dois já tinham ouvido suas palavras e fizeram as pazes na mesma hora.
- Deus quer a nossa união - disse Rolando. - Eu me casarei com sua irmã e obterei o perdão do rei para todos os seus. Se ele não o conceder, eu o abandonarei para ficar do seu lado!
Antes de se separarem, eles apertaram as mãos, e se deram um abraço de respeito.



Bom, é isso galera. Ta ae mais uma parte do conto. Logo trarei mais a vocês, espero que tenham gostado. Abras, e até a proxima!


Thobias Costa Emmert, The Doctore.

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