É do blog Pensotopia escrito por Danielfo, onde ele da uma mega dica de como criar um Troll super maneiro!
Aproveitem e anotem!
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Monstros Malignos:Trolls agindo como trolls
Um dos desafios que os mestres de D&D possuem em criar histórias interessantes é fazer que os monstros tenhamcomportamentosparticulares. Você olha para seu gato e para seu cachorro ( mesmo que você não tenha, já deve ter visto um desses na vida) e consegue identificar padrões gerais de comportamento. Um cachorro se ralando nas suas pernas quando quer alguma coisa ou um gato pulando em você, fazendo festa, não são comportamentos que se possam esperar desses animais.
Então, qual a diferença entre os monstros? Hobgolins, orcs, ilithids, kobolds (e tantos outros) são malvados. O jogo disse, acabou, não tem esta frescura de relativizar o comportamente pelo ponto de vista. Eles são maus!!! Doa a quem doer (assunto para um outro post). Todavia, se você perguntar para qualquer um a diferença entre um hobgoblins, um troglodita e um orc, dificilmente alguém vai saber te responder algo diferente de pvs, dvs, xp, CA e outras estatísticas do jogo. Onde está o monstro?
O que pretendo é dar aos monstros identidade, detalhando habitat e socieade, me baseando nas características da criatura para “temperar” um poouco as coisas. No processo espero inspirar outros mestres a fazerem o mesmo. Afinal, os troll do meu mundo, não precisam ser iguais aos do seu. Porém, os troll do norte e do sul do seu jogo não precisam ser iguais. Você pode incluir variações regionais se não estiver à vontade com as mudanças que sugerirei.
Eu escolhi falar do troll e para enriquecer o comportamento dessa criatura, resolvi copiar elementos de um outro troll conhecido: o troll de Internet. O troll da Internet é uma pessoa bagunceira que costuma aterrorizar fóruns de discussão por pura falta do que fazer, arrumando confusões e implicando com as pessoas.
O que faz um “net troll”?
Este é o mapeamento do comportamento do troll que será útil para fazer as conversões (obrigado desciclopedia).
- Inicia discussões polêmicas das quais não quer fazer parte, somente para começar brigas
- Xinga, insulta e baixa o nível das discussões
- Mente e usa argumentos falaciosos para vencer debates
- Culpa os outros pelos problemas dele
- Não tem coisa melhor pra fazer
- Precisa se afirmar o tempo todo
- É extremamente associativos e quando se reune com outros da espécie, age em bandos.
- Gosta de se sentir superior, mesmo não sendo
- Não tem mulher
Já temos um arcabouço de características para adaptar os famosos monstros, passaremos agora a outros elementos do monstro. A principal vantagem do troll é seu poder de regeneração, porém ele também é grande e forte. Suas fraqueza são: sua vulnerabilidade ao fogo e a baixa inteligência. O fogo apenas torna as coisas mais equilibradas para os desafiantes, visto todo mundo é vulnerável ao fogo. Já a inteligência… um troll não precisa muito dela, pois podem viver sem cabeça!
O que um troll faz da vida?
Trolls vivem em cavernas, florestas, rios, debaixo de pontes,e em muitos outros dependendo das sub-raças de trolls (das quais não vou falar). Apesar de vilas e aldeias não estarem incluídas na lista, os trolls têm preferência por habitações próximas a essas localidades pela relação custo-benefício. Eles passam a maior parte do tempo em um local tranqüilo e quando querem, vão atazanar a vida de moradores daquelas localidades, que não podem se defender tão bem quanto as cidades grandes.
Iniciando a intriga
Para um troll, melhor do que matar os humanos e semi-humanos é atacar as criações e celeiros. Muito mais prático do que caçar ou comer brotos e raízes, é viver da abundância da agropecuária alheia já estabelecida. Assim como os net-trolls , os trolls não tem capacidade de construir, apenas de se aproveitar das estruturas prontas.
Assim que um troll acha um local propício, ele não apenas rouba gado e cereais, ele semeia a discórdia. Os trolls costumam invadir cercados e levar animais de uma área para outra. Os troll aprenderam que mudarem vacas de lugar faz com que os donos delas fiquem enfurecidos com que “recebeu” o animal, o que diminui a vigilância dos moradores. O jogo deles continua, roubando de uma lado e deixando no outro, ampliando a desconfiança entre os aldeões. Depois eles realizam furtos isolados. O troll espera mais alguns dias e escolhe a fazenda para atacar mais “premiada” para atacar. Dificilmente os tolos moradores estarão dispostos a ajudar fazendeiro suspeito de roubar os demais. Caso este morador perca tudo que “apareceu” nas terras dele, os vizinhos vão ficar alegres. O troll vence o jogo.
Provocação
Os trolls conhecem muito bem as rotas e passagens usada por humanos. Devido a proximidade com vilas, eles sabem um pouco do idioma comum, muito útil para eles. Os monstros ficam descansando em rotas pouco utilizadas para hostilizar viajantes ocasionais. Ele xinga, humilha os fracotes da estrada, mas dificilmente atacam os transeuntes. A intenção não é matar, é de se divertir. Mesmo quando são xingandos eles se divertem, o que mais adoram é ver palavras sujas sairem da boca de donzelas e religiosos. É assim que eles aprendem o vasto repertório, para xingar os outros. Se um viajante ignorar os xingamentos de um troll numa passagem, ele correrá perigo. Caso o troll perceba que está em desvantagem, ele xingará e se esconderá em um local previamente preparado.
Mentir com moderação
Um troll tem sempre um ás na manga. Durante anos, juntam produtos de saques. Caso sejam acuados e na iminência da derrota, ele oferece aos aventureiros seu tesouro. Logo após revelar aos vencedores onde está o prêmio, o troll esmagará a própria cabeça, deixando os heróis sem ter certeza se a criatura disse a verdade ou mentiu. O troll pode ter revelado o covil de um outro monstro, o dele mesmo, ou inventado uma trilha infundada, apenas para fazer os inimigos perderem tempo. Geralmente, o troll enterra seu tesouro, e de preferência, longe do covil onde dorme. Algumas vezes o monstro esquece onde botou o próprio ouro. Vem fácil, vai fácil.
Culpar os outros
Trolls costumam se associar a seres mais poderosos do que eles que os ajudam a se preparar para o combate. Eles sabem de sua utilidade em batalha e gostam de ficar sobre os mimos de vilões malvados que valorizam suas propriedades regenerativas. Assim, eles podem ficar descansando a maior parte do tempo, pois sabem que constituem a tropa de elite do vilão. Quando são acionados em alguma pilhagem, fazem questão de ressaltar o nome do senhor deles. Pois não gostam de sentir responsáveis pelos atos de selvageria, mesmo achando muito divertido fazer cabeças rolarem. Se interrogado, os trolls sempre se monstraram injustiçados: escravizados, controlados, chantageados…um troll tem uma desculpa para tudo. Se tiver que jogar virgens no penhasco, a culpa recaíra sobre a pessoa que o mandou sacrificar a virgem, sobre a natureza que fez os penhascos tão altos e também das virgens, afinal quem mandou bancarem as difíceis. O troll se vê como mera ferramenta de trabalho e ferramentas não podem ser culpadas por nada.
O senso distorcido de realidade faz com que interrogar um troll seja complicado. Se no caso acima o troll fosse perguntado se ele matou as virgens, o troll diria que não, quem matou foi a queda, a baixa inteligência da criatura não consegue formar as associações cognitivas que relacionem o ato de lançar uma pessoa no penhasco com a morte da criatura em questão. Estando acobertados por uma ordem de um superior o qualquer evento deixa de ser vontade do troll e passa a ser a do mestre. Se um mago ou clérigo não forem hábeis nas perguntas, magias de detectar mentiras podem ser enganadas pela sinceridade do troll, que acredita piamente na própria inocência. No caso acima, o clérigo poderia perguntar se o clérigo jogou a virgem do penhasco, se o troll mentisse a magia acusaria.
Passatempo inocente
Os trolls atacam viajantes e aventureiros por tédio e pela emoção de sentirem suas feridas se fechando. Não gostam de “brincar” assim quando existe fogo na parada. Se alguém usar fogo contra eles, procuram “apagar” a fonte do problema, fugir ou, se rendidos, usarem alguma desculpa troll para se safarem.
Trollagem
Os trolls não são o tipo de monstro que gosta de ser esquecido. Quando dá na telha, eles promovem atos de vandalismo: quebram cercas; abrem passagens em muros; partem paliçadas; arrancam portas das casas; mijam nos poços e defecam nas portas dos templos religiosos. Gostam de roubar bebês e matar crianças, nem sempre matam na hora, por que sabem que é muito melhor deixar os pais e mães angustiados. Eles abandonam os bebês na floresta para serem atacados por predadores e das crianças maiores eles arrancam partes do corpo, usando orelhas, dedos, pés, que apreciam, para fazer sopa. As crianças que são encontradas vivas levam as marcas do raptopelo restos de suas vidas e servem de exemplo para crianças levadas não se afastarem da aldeia. A chamada psicologia infantil troll.
Senso de superioridade
Os trolls são imprevisíveis, mesmo roubando comida com fartura e intimidando as pessoas que ousam se aventurar pelas áreas ermas , isto só não lhes basta. Os trolls costumam promover ataques contra oponentes armados e batedores para sepultar qualquer fama de bicho covarde e sorrateiro. Nestas ocasiões especiais na vida de um troll, o monstro escolhe uma aldeia, vila ou acampamento e ataca destruindo tudo e matando todos. Os trolls pilham o local levando tudo de valor. Muitas vezes os troll fazem isto em caravanas, interrompendo por meses as rotas comerciais. Quandoa rota comercial “seca” o troll procura outro lugar para assolar e mostrar que é o tal.
Grupinho
Os trolls são animais sociais costumando se encontrar em locais fixos, mas moram sozinhos em seus esconderijos. Todos os os atos de desordem e destruição têm um único objetivo para eles: contar para os amigos. Os trolls costumam se juntar em bandos para realizar algumas ações (citadas anteriormente) mais eficazmente que sozinhos porém, geralmente brigam entre si por causa do espólio de suas conquistas e os grupos acabam se dissolvendo. Eventualmente, os trolls se reencontram ou conhecem outros trolls e começam contar vantagens sobre os feitos extraordinários que realizaram. Os trolls conhecem de cor e salteado os “endereços” dos trolls da sua região e fazem visitas a estes vizinhos para se enaltecerem perante eles, o chamado trolloló.
Reprodução
Troll não tem jeitos com o sexo oposto. Aliás, fêmeas trolls são raras. As poucas que existem são mais feias que os machos. Contudo, devido a raridade, elas são cortejadas por vários trolls da região o que as torna muito mais insuportáveis, mentirosas e antipáticas. Grande parte da razão dos trolls promoverem ataques inesperados às aldeias próximas se deve a existências das fêmeas, não porque queiram impressioná-las, mas porque eles tem muito ódio reprimido e descontam em criaturas que podem matar e não vão fazer falta. As fêmeas troll, depois de comerem muito, engordar mais e ganharam tesouro sem fazer esforço, escolhem um macho para ser o alfa. Também escolhem um macho beta, gama, delta, épsilon…psi, ômega. Um macho superior (aquele que dá mais presentes e comida) desconhece a existência dos secundários (aqueles que só querem tirar o atraso) subseqüentes. Quando o macho sabe que ele não é o único sempre acha que é o macho ômega – o mais esperto de todos - o que assegura a sobrevivência dos filhotes.
Os trolls ficaram bem mais ricos agora. Muito melhor do que simples estatísticas.
3 comentários:
Nossa...tópico perfeito, assunto extremamente bem retratado.Espero que muitos mestres lessem isso.O sonho de ter um jogo narrado pelo Neco ainda continua...
K-ralho! Que post inspirador! Parabéns Neco, nessa vc acertou na mosca usando um dardo envenenado, senti vontade de fazer uma aventura de vários encontros apenas usando Trolls, cada um realçando um aspecto comentado aqui neste post.
Valeu mesmo pela inspiração e continue enriquecendo a comunidade RPGística!
esse cara realmente sabe das coisas
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