domingo, 13 de março de 2011

Spoiler Zone #4

Atrasos, atrasos... me desculpem, leitores do Blog do Neco que curtem nossa seção de filmes apreciados!


Hoje, os bandidos terão de comprar Inseticidas dos bons, porque o Besouro Verde está de volta!




Ah, galera... nem tudo são flores! E fica mais uma vez, neste blog, meu protesto!


"O Besouro Verde"  era uma série japonesa que havia começado no rádio e, posteriormente para a televisão. (1986), onde teve seu nome dentro da popularidade, já que Bruce Lee fazia parte do elenco como Kato, o ajudante do Besouro Verde. Porém, a baixa audiência obrigou o cancelamento do seriado em menos de um ano de lançamento. Bruce Lee seguiu seu caminho e pouco se falou mais no seriado.


Eis que, em pleno século XXI, nerds como nós enchemos nossos olhos com o Trailer do longa, embora ele tivesse traços cômicos, nada que preocupasse os conhecedores do assunto. Pelo menos, nada que nos preocupasse de forma declarada...


Nós, no entanto, estávamos errados em não declarar esse receio: "O Besouro Verde" foi feito para rir. O que acabou com vãs esperanças do fãs de longuíssima data e desrespeitou os conhecedores do assunto. E quando eu falo "conhecedores", podem apostar que eu falo, por exemplo, dos fãs do Bruce Lee.


O enredo está comprometido com a comicidade de um mero rapaz mimado usar a grana que herdou para brincar de combater o crime com ajuda de um empregado (e esse é, talvez, o único ponto forte do filme: Kato). Aí está o grande pecado da versão contemporânea: a série sempre mostrou um cara relativamente rico que usou a grana pra combater o crime com honra e seriedade.
Kato mostra a seu patrão algumas das surpresas
do Beleza Negra, o Batmóvel da dupla.
Pra quem é leigo no assunto: É como se fizessem um filme do Batman em que ele dependesse o tempo todo do Robin, sendo que o herói não sabe fazer nada direito e o ajudante fosse o único com porte para combater o crime. A comparação, aliás, do original com o Batman é inevitável. Mas voltemos a (apedrejar) falar sobre o filme.


Um raro encontro, bastante justificável.


O trabalho dessa galera e seus milhões gastos em efeitos especiais, foi ridicularizar um herói nos moldes de Batman e a história do pobre menino rico que queria fazer justiça.


Por outro lado, Kato (que era antigamente representado por Bruce Lee) era, no seriado, um ajudante mudo. Um criado da mansão do herdeiro Britt Reid, profundo conhecedor de artes marciais e um exímio serviçal. Qualquer milionário queria um desses em seu palácio.


O Kato que vimos no novo filme é muito parecido: serviçal exemplar, dedicado, com tempo para artes marciais, etc... Mas mudo? Não mesmo. Ele chega a ter uma briga com o seu (patético) patrão. E até leva umas porradas, mas acho que isso foi pra provar que ninguém pode ser igual ao Bruce Lee.


Kato mostrando que presta pra fazer
o que Britt seria incapaz de fazer.
Pontos altos (dessa desgraça de) do filme:
1 - Kato;
2 - Cameron Diaz;
3 - Efeitos especiais muito bem feitos.


Vantagem nº 2 segundo o Bier
(era pra ser nº 1, mas esse não é o propósito do blog)
"E vale a pena assistir isso, Bier?" - É... aí você me pegou. Vale a pena pelos pontos que acabei de ressaltar, dá pra conhecer o Kato e rende algumas risadas. O que não vale a pena é você assistir o filme para prestar respeito à obra "Besouro Verde" da década de 60, porque aí, até pedra no rim doeria menos.






Se a ideia ("ideia" não tem mais acento, certo?) dos caras era fazer o público rir, tudo certo, mas precisava ser com o Besouro Verde?

O Spoiler Zone #4 termina por aqui. Talvez haja mais uma postagem este mês (pra pagar a de fevereiro) por razões que vocês já devem ter esquecido. Continuem sua luta contra o crime, mesmo que façam um filme ridículo sobre vocês.

1 comentários:

Kleyton Kivel disse...

Eu assiti o filme sabendo muito pouco sobre o seriado e muito menos da serie de radio.
Aos olhos de quem esta entrando em contato pela primeira vez, gostei do filme, me diverti bastante durante todo ele, e acho que cumpriu o seu objetivo, que nunca foi muito alto...

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