Com seu lançamento esta semana nos Estados Unidos e no no arquipélago britânico, o capítulo final da trilogia stempunk A Liga Extraordinária: Século (The League of Extraordinary Gentlemen: Century), - também composta por Liga Extraordinária: 1910 e Liga Extraordinária: 1969 -
, Alan Moore, em meio ao lançamento da amaldiçoada (por Moore) Before Watchmen, lança Liga Extraordinária: 2009. Com pequenos detalhes alterados desde seu primeiro anúncio em 2007, como o fato de ocorrer no passado recente de 2009 ao invés do então futuro próximo de 2008. As incríveis aventuras da Liga Extraordinária envolviam em seus dois primeiros volumes, uma fascinante equipe composta por personagens clássicos da literatura vitoriana mergulhados em eventos revistos desta mesma literatura, pois A Liga Extraordinária: Século mantem este mesmo clima referencial a cultura moderna, porém seu mote é a minguada equipe de Mina Murray tentando impedir a chegada do anti-cristo. E o velho e temperamental Alan Moore, que já conseguia, junto do artista Kevin O'Neill, certa controvérsia ao carregar certa dose de sexo a partir do volume 2 e descanbando de vez para, o que se convém chamar, a pornografia de luxo com Lost Girls
, agora o barbudo parece ter conseguido de vez, com ou sem propósito, criar polêmica o suficiente para abafar o comentado prequel de sua mais querida obra, Watchmen, comprando briga com fãs de outra série literária (descartável, mas ainda literária). O terceiro volume, segundo as primeiras resenhas - como a do jornal inglês The Independent -, a batalha contra o Anti-cristo, é uma batalha contra Harry Potter, a encarnação do mal.
Moore não chega a nomear o guri mágico, um recorrente em todos os volumes da Liga Extraordinária é o grande fluxo de referências a cultura popular da época em que a história se ambienta, no caso de Século algumas referências ainda são protegidas por direitos autorais sendo então reveladas através de pistas,tanto pelo roteiro de Moore, como através da detalhada arte de O'Neill. A pista de 2009, é um personagem chamado Thomas Riddle - nome de Voldemort na série de livros de J.K. Rowling -, que entra em uma plataforma de trem que fica entre duas outras plataformas na estação King's Cross, é o caminho de Riddle para chegar a uma escola para crianças e vira o tutor do Anticristo. Como complemento a cena, o pirralho mágico solta raios de uma varinha diferente, uma parte do próprio a qual não me atrevo a dizer mas que certamente você pode ter imaginado.
O jornal Metro ainda estampou em suas páginas "Harry Potter vira o Diabo em nova graphic novel de Alan Moore", isso me faz lembrar de ventos do final dos anos 90, em que associações ditas moralistas do hemisfério norte saiam debaixo do estrume para promover queimadas públicas dos livros que julgavam satânicos como os de Senhor dos Anéis, Star Wars (cuma?) e Harry Potter , é provável que Moore tenha feito algum destes falsos defensores dos bons costumes exclamar um satisfeito "Eu não disse?".
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